quarta-feira

CAPÍTULO II


"É Preciso Ver os Anjos"




Terça-feira
16:00 h.

O prédio onde funcionava o 43º distrito de polícia ficava em uma movimentada avenida próxima a um dos bairros mais elegantes da cidade. Não era exatamente o que se poderia chamar de um modelo de arquitetura. Talvez fora no passado, mas agora mostrava-se desgastado pelo tempo. As paredes da fachada estavam sujas e descascadas deixando entrever, aqui e ali, as inúmeras camadas de tinta cada qual de uma cor diferente.

O delegado Paolo de Freitas, berrava:

- Levem a porra do relatório e refaçam tudo! Não foi nada disso que eu pedi.

Os dois homens se entreolharam impotentes e retiraram-se balbuciando pedidos de desculpas. O delegado Freitas recostou-se em sua cadeira, preguiçosamente. Aqueles dois imbecis não iam conseguir irritá-lo. Não hoje. Estava em estado de êxtase. Dedicara mais da metade de sua vida a policia e agora seria reconhecido. Talvez eu seja promovido... Quem sabe um aumento de salário...

Era um homem implacável, durão e vangloriava-se disso. Gozava de uma satisfação doentia quando se referia aos seus subordinados como “criação sem cérebro”. Só sabia resolver as coisas aos gritos, estava sempre irado, mal humorado, agia como se todas as pessoas só existissem para servi-lo.
Possuía uma aparência patética, do tipo roliço de baixa estatura. A pele do rosto era marcada por profundas cicatrizes arroxeadas, bolsas empapuçadas pesavam-lhe nos olhos, forçando-os para baixo; os braços eram grossos e curtos demais, como se tivessem sido projetados para um corpo menor.
Divorciado pela terceira vez, gastava mais da metade do seu salário com pensão alimentícia. Conhecia as mulheres em boates e casa noturnas, casava-se com elas e lhes fazia filhos. Exigia delas amor, dedicação e obediência. Elas, ávidas por um futuro melhor, no início sujeitavam-se, mais depois, fugiam levando os filhos. E a ele, não restava outra saída a não ser o divórcio amigável. Não podia comprometer sua reputação com um escândalo.
Finalmente as coisas iam mudar. Os ventos lhe sopravam a favor. Há muito que vinha esperando por um bom caso e fechar esse lhe traria prestígio e respeito. Seria barbada provar que o figurão era o assassino, estava na cara. Seu faro de cão caçador nunca o enganara. Obteria as provas, era só uma questão de tempo, até a polícia técnica realizar os exames periciais. Mas não teria que esperar tanto assim, tinha uma testemunha e era uma mulher. As mulheres falam demais. Irônico; quase cômico pensar que o que mais abominava nelas, era exatamente o que iria favorecê-lo. Por enquanto, só tinha que fazer com que a imprensa não parasse de divulgar o crime. E, quem sabe, conseguiria um mandato de prisão preventiva contra o sujeito, e pronto! Estava armado o circo. Quanto mais sencionalismo, melhor.

Do lado de fora, o céu vestia-se de negro anunciando um temporal. Os ventos sopravam fortes varrendo toda a paisagem. Não obstante, o mau tempo não afastou os inúmeros repórteres e fotógrafos, plantonistas à entrada do distrito.

Sara chegou acompanhada de Alberto, seu advogado, quinze minutos antes do horário marcado para o seu depoimento. Ele estacionou o carro numa vaga a certa distancia, pois não tencionava mostrá-la de imediato. Abençoou a chuva forte que começava a cair pela cidade naquela tarde de quase-verão.

- Desce do carro e abra o guarda-chuva – ordenou ele
- Não vem comigo? – Perguntou assustada
- Evidente que sim – tranqüilizou-a – acha que vou lançá-la aos leões? Quero que cubra o seu rosto com o guarda-chuva. Quando eu pegá-la pelo braço, siga-me. Não olhe e nem fale com nenhum deles, correto?
- Tudo bem.
- Está pronta?
- Estou.
- Então vamos.

Eles saltaram rapidamente do automóvel e puseram-se a correr em direção à entrada do prédio. Quando estavam a meio caminho, uma repórter reconheceu-a e atravessou na sua frente; logo foi seguida pelos outros.

“A senhora viu o rosto do assassino?” “Desconfia de alguém na mansão?” “A senhora foi declarada suspeita, D. Sara?” “Como era sua relação com a vítima?” “Por favor, D. Sara Romanelli... só uma palavrinha”

Entre o tumulto das câmeras de T.V. e os flachs dos fotógrafos, eles conseguiram chegar ao interior do prédio. Um policial barrou a entrada dos repórteres e Sara deixou-se desabar numa cadeira, exausta.

- Descanse um pouco – disse-lhe Alberto – eu vou avisar ao delegado que chegamos.

Ele se afastou e Sara sentiu-se desprotegida e amedrontada; não conseguia ordenar os pensamentos. Olhou ao seu redor. Se o lugar era horrível por fora, dentro parecia-lhe ainda pior. Estava num corredor que funcionava como uma espécie de sala de espera. À sua frente, algumas pessoas estavam sentadas num banco de madeira. Ela lançou um rápido olhar para os rostos daquelas pessoas; só o suficiente para decifrá-los: Uns se mostravam impacientes, outros deprimidos, alguns indiferentes.
Uma mulher de meia idade com as roupas sujas de sangue passou por ela acompanhada por dois policiais. Estava algemada e seguia-os num andar mecânico, com uma expressão petrificada no rosto. Dirigiram-se para uma sala ao fundo, onde um homem calvo lia um jornal tranquilamente.

Sara deixou escapar um suspiro de alívio ao ver que Alberto estava de volta.

- O seu depoimento vai atrasar um pouco – informou ele.
- Essa não! – resmungou ela – não avalia como estou ansiosa para sair correndo daqui!
- Eu sei, mas o delegado está tratando de outro caso de última hora...

Caso. Neste lugar tudo não passa de mais um "caso” – pensou amargurada.

- ... Ele pediu-me que eu a encaminhe até a sala de interrogatórios. Lá ficará melhor acomodada.

A “sala de interrogatório” era na verdade, uma saleta empoeirada, com toneladas de papéis empilhados por todos os cantos. Do lado esquerdo, em relação à porta, havia uma escrivaninha com pés de ferro enferrujados; uma velha máquina de escrever e três cadeiras de madeira. Na parede oposta, um armário, desses de guardar documentos, que fora branco um dia. Em cima, equilibrava-se uma árvore de Natal desgalhada com bolas vermelhas dependuradas. Algumas estavam quebradas. Uma pequena mesa retangular situada ao lado; sobre ela, uma toalha de crochê vermelha, um filtro de barro e um copo. O piso era de antigos tacos de madeira e haviam inúmeros soltos. Alguns deles estavam amontoados em um dos cantos da sala.

Sara experimentava a sensação de estar em meio ao próprio ensaio do inferno. Ficou aliviada que a única janela que dava para rua estava aberta em sua totalidade. Alberto puxou gentilmente uma cadeira para ela sentar.

- Obrigado, Alberto, mas prefiro ficar na janela – flexionava as mãos num gesto flagrante de nervosismo.
- Importa-se em ficar um pouco sozinha enquanto eu procuro uma vaga próxima para estacionar?
- Não... pode ir... eu vou ficar bem – afirmou sem muita convicção.

Alberto saiu e ela ficou olhando a rua. A chuva havia passado e só uns pingos suaves tocavam lá fora. Só mais um pouco e estarei livre desse pesadelo...

Os minutos se arrastavam e ela começava a ficar impaciente. Trocaria sua integridade por um cigarro. Vinha tentando parar de fumar há séculos e só agora sabia por que sempre acabava voltando: tomava as decisões certas nas horas erradas.

Olhou seu reflexo na vidraça e lembrou-se como ficara indecisa na hora de decidir o que vestir. Não gostaria de parecer esnobe, tão pouco desleixada. “Vista sua melhor roupa e chegue de cabeça erguida” – dissera-lhe Claudine ao telefone. Acabou decidindo por um taier cor de canela que lhe favorecia muito bem. Achou que prender os cabelos seria mais apropriado. Retirou o esmalte vermelho das unhas e aplicou uma base incolor. Pensou em todos os detalhes, menos na gravidade das revelações que estava preste a fazer.

Sara era uma bela mulher nos seus quarenta e poucos anos. Exceto por alguns poucos traços de expressão, ainda possuía a suavidade e o frescor da juventude. Alta, dum corpo esbelto e bem delineado, atraía olhares por onde passava. Tinha mãos perfeitas com dedos longos, mas delicados. Pele ligeiramente amorenada. A primeira vista, apresentava um queixo um tanto anguloso, mas era exatamente isso que lhe conferia uma beleza exótica. Os cabelos fartos, e os olhos dum brilho ímpar, possuíam a mesmíssima cor de mel tostado.

A mãe lhe dissera certa vez:

- Se um pintor fosse pintá-la, Sara, certamente usaria a mesma cor de tinta nos olhos e nos cabelos.

Era inevitável não pensar na mãe naquele momento. Talvez porque sua ausência se tornasse ainda mais evidente nas horas de aflições. Ou quem sabe, uma perda sempre estaria relacionada à outra de alguma maneira. O fato era que sempre haveria um dor a ser curada; com maior ou menor intensidade, ainda assim, seria sempre uma dor.
Amedrontava-se com a possibilidade de vir a assumir uma postura de inércia diante dos fatos que a vida lhe oferecia. Questionava-se se não viria a aceitar, com certo conformismo, ou até mesmo esperar que outras perdas irreparáveis como essa acontecessem. Isso ela não queria; bastava a tortura de não encontrar lágrimas para chorar.
Meneou a cabeça num gesto de recusa e repentinamente começou a sentir-se ligeiramente zonza. O vozerio da sala ao lado, soava-lhe estranhamente como se ela estivesse do lado mais largo de um funil. Pressentiu a aproximação de uma vertigem; tudo a sua volta rodopiava numa dança macabra. A sala começava a escurecer rapidamente. Ela cambaleou até a mesa à procura de uma cadeira para sentar-se. Não posso desmaiar agora – pensou aflita – tenho que me manter cociente... Forçava seu cérebro a funcionar enquanto desabotoava os primeiros botões de seu taier.
Aos poucos foi recuperando a consciência e uma onda de calor principiou a invadir todo o seu corpo. Tateou por cima da mesa a procura de algo para abanar-se. Encontrou uma pasta vermelha de documentos e apanhou-a. Com movimentos frenéticos, iniciou um frenesi de vai-e-vem na altura do rosto, produzindo uma brisa reconfortante. Foi então que inúmeras folhas de papéis datilografadas voaram pela sala.
Lentamente, ela abaixou-se e pôs-se a recolher os papéis que estavam espalhados pelo chão. Quando tudo isso terminar, vou ligar para o Celso e marcar uma consulta. Não há mais como adiar...

Juntava as folhas e recolocava-as na pasta quando um nome lhe chamou a atenção:

- É o depoimento do Dr. Rômulo! – exclamou em voz alta.

As palavras de Alberto no sábado durante o funeral lhes vieram à mente:

“Seu depoimento foi marcado para terça-feira à tarde... Os demais envolvidos se apresentarão pela manhã... O delegado quer evitar o confronto...”.

Sara hesitou por alguns segundos; decidia se devia ou não lê-lo na íntegra. Dever, não devia, mas não pode conter o impulso:

“Rômulo Albuquerque de Burdon, brasileiro, casado, empresário, nascido a 10 de janeiro 1950, em Redentor das Pedras, distrito de São Martinho, no estado do Paraná...”

Ela parou abruptamente! Não pôde continuar a ler; sentiu o remexer de uma bola endurecida no interior do seu estômago. Náuseas quentes subiam-lhe pelo esôfago e ela teve que fazer um esforço desumano para não vomitar.

Não, não podia ser coincidência! Não em Redentor das Pedras, aquele lugar miserável que ela conhecia tão bem. Ela e a mãe haviam descido ao inferno naquele lugar! Sara não conseguia imaginar alguém como Dr. Rômulo ter, se quer, passado por Redentor, quanto mais nascido lá. E as coincidências não paravam por aí... “Não pode ser!... Não faz sentido!... A não ser que...”

Alberto entrou na sala nesse momento.

Alberto Souza Mello Sobrinho era mais do que seu advogado, era marido de sua melhor amiga. Eles eram seus confidentes e conselheiros. Tinham, ao longo dos anos, partilhado com eles seus momentos difíceis e sombrios, assim, como também, uns poucos momentos alegres e de pequenas conquistas. Estavam sempre prontos a ajudá-la, ampará-la; fosse o que fosse lá estavam ele e Claudine, solícitos e sem nenhuma cobrança.
Alberto não era bonito nem feio, apenas um tipo comum. Um pouco magro demais, talvez, mas trajava-se com estrema elegância e bom gosto. Um homem equilibrado, inflexível às vezes, com uma pitada de obstinação, até. Diriam alguns que se tratava de um homem obcecado por normas e éticas, outros, que justiça era sua marca, entretanto, um batalhador, um profissional competente, isso ninguém podia negar. E ele sabia como ninguém, temperar isso tudo com uma boa dose de bom humor. Apesar da situação financeira confortável dos pais, nunca aceitou nenhum tipo de ajuda da família. Vivia dizendo que tinha que caminhar com as próprias pernas, pois só assim, sentiria o doce sabor da conquista. Não possuía grandes ambições, para desespero da mulher, só desejava realização profissional e reconhecimento pelo seu trabalho. Poderia sentir-se vitorioso agora, já que se tornara um advogado de sucesso.

- Sara, perdoe-me pela demora. Você não imagina como foi difícil arranjar uma vaga...
- Alberto! – interrompeu, ela – preciso lhe falar.
- Claro, claro... Ainda temos alguns minutos antes...
- Você não entendeu – insistiu Sara – não posso ser interrogada hoje. Você tem que conseguir um adiamento.
- O que há com você, enlouqueceu? – perguntou indignado.
- Houve fatos novos. – disse ela simplesmente.
- Que fatos?
- Não posso lhe contar.
- Eu sou seu advogado, lembra-se?
- Sei disso – falou com voz doce – mas você tem que confiar em mim... Tenho que fazer algo antes de depor... Assunto pessoal. Te conto tudo depois, eu prometo.
- Não sei, não, Sara... Gente importante. A polícia tem pressa em solucionar o caso... Não sei se vou conseguir adiar.
- Por favor!... Sei que consegue – ela deu três piscadelas convincentes.
- Por acaso tenciona seduzir-me?
- Estou tentando, pelo menos.

Só agora Alberto notara o quanto ela estava pálida. Havia gotinhas de suor brilhando como pequenos diamantes em sua testa.

- Não está se sentindo bem? Parece doente.
- Nada sério. Mas você pode usar isso como pretexto, o que acha? – sugeriu ela maliciosamente.
- De quantos dias você precisa?
- Dois, no mínimo.

Alberto deixou escapar um suspiro.

- Está bem! Vou ver o que posso fazer – disse por fim.
- Você é genial, sabia?
- Sabia. Eu posso saber o que você vai fazer com esses dois dias?
- Vou ver tia Agnes – deixou escapar inocentemente.
- Santo Deus, Sara!! – ela pôde ver o sangue subir no rosto dele – Você é a principal testemunha de um assassinato e me diz assim, com essa calma, que vai visitar sua tia??... Será que eu ouvi bem?
- Sei que parece uma idéia idiota, mas não é.

Ela tinha que ser convincente sem revelar os fatos. Se contasse a ele suas suspeitas agora, ele não a deixaria ir. Conhecia Alberto o suficiente para saber que, pelo menos, iria querer acompanhá-la e esse era um nó que ela tinha que desatar sozinha. Não havia mais dúvidas que essa nova descoberta representava uma peça decisiva daquele quebra-cabeça. Só tinha que descobrir onde encaixá-lo.

- ... Não vai compreender agora – continuou ela – mas essa viagem pode ser a coisa mais importante da minha vida, pode acreditar!
- Como poderá viajar se está doente? – provocou-a.
- Não estou doente. Estou na menopausa – odiou ter que admitir isso.

Alberto entrou na sala do delegado Freitas e Sara ficou esperando do lado de fora. Cinco minutos depois, ele estava de volta. Ambos se dirigiram para a saída do prédio e lá dentro o homem grunhia:

- Aquela vaca sacana e seu advogadozinho de merda!

-----------------------------------------------------

O apartamento estava vazio. Melhor assim – pensou Sara – Não
tenho que explicar nada às meninas por enquanto. Ligo para elas do aeroporto.
Colocou duas trocas de roupas e mais alguns pertences numa valise de mão e verificou os documentos: Cartão de crédito, talão de cheques... está tudo aqui.
Não era conveniente gastar com uma viagem agora, ainda estavam com as finanças abaladas, mas possuía algumas economias e era por uma boa causa. Caminhou até a mesa de cabeceira e tirou o fone do gancho. Recolocou-o um segundo depois. Lembrou a conversa que tivera ao telefone com o marido no sábado pela manhã:

- “Que coisa horrível está me contando!... Vou pegar o primeiro avião e em pouco tempo estarei aí... Não vou deixá-la sozinha num momento desses, meu bem...”

Ela o havia convencido a não vir, não queria atrapalhar o andamento do seu curso. Não poderia deixá-lo preocupado agora. Ligaria para ele depois.
Decidiu ir direto para o aeroporto, sem telefonar antes, estava ansiosa demais para ficar em casa esperando. – Se não encontrar passagem, durmo no aeroporto e embarco no primeiro vôo pela manhã.
A caminho do aeroporto evitou ligar o rádio do carro. Os noticiários ainda relatavam o crime e tudo o que ela queria era um momento de trégua. Tinha tanto no que pensar!... Tenho que arranjar um meio de persuadir tia Agnes a me contar tudo que ela sabe... Tudo que eu tenho o direito de saber.

A tia era tudo que ainda restava da sua infância. O simples fato de saber que iria vê-la dentro em pouco, fê-la sentir-se invadida por uma emoção que chegava a lhe doer por dentro. Percebia, agora, como havia sido fraca todos esses anos em que não fora visitá-la uma única vez, se quer. Atribuíra a culpa a seus problemas do cotidiano, quando na verdade, não se esforçara o suficiente para exorcizar seus fantasmas do passado.
Quantos anos haviam se passado desde que beijou a tia pela última vez na pequena estação ferroviária de Redentor? Vinte e três anos? Ou seriam vinte e quatro? Nem mesmo ao telefone tinham se falado ultimamente. Foi no último Natal que ela havia ligado à tia para desejar-lhe boas festas: estava completando um ano. O número de seu telefone havia mudado durante esse período, e nem mesmo assim, ela tinha ligado a fim de informar o novo número. Era realmente inadmissível! Como o tempo havia passado tão rápido sem que ela desse conta?

Quando deixou Redentor rumo a São Paulo, era tão jovem e cheia de sonhos. Admitia, no entanto, que nada saiu como planejara. Nem mesmo a promessa que fizera à tia na despedida, conseguira cumprir. Prometeu visitá-la muitas vezes e que estariam sempre em contato. Prometeu e não cumpriu. E agora estava voltando para lhe cobrar o seu passado. Um passado repleto de espaços em branco, como se fosse páginas perdidas de um velho livro.


7 comentários:

  1. Nossa o que está mais me chamando a atenção é sua criatividade, bem pautada, clareza e um texto bem construído ... e de resto estou acompanhando ... parabéns! bju flor

    ResponderExcluir
  2. Oi Bia...encontrou mais um!rs...(ta, fui eu...ahh..mas deixarei o merito para ti sim, afinal, ao ver o titulo do blog no side bar da M.Sueli...cliquei no ato. humm...capitulo 2...minhas férias da universidade chegam em menos de 2 semanas...aí vou ficar aqui...abaixo do balcão de sua janela esperando mais e mais..e mais...(não sou um ferrenho leitor assim...mas...há momentos e a estórias que nos consomem e aí consumimos as linhas...)
    Meu estagio deste semestre escolhi analise psicologica e pesquisa no campo das artes, afunilando...Literatura. Foi muito 10. Estou fechando o com uma analise de um conto do Ivan Ângelo -conhece?...ótimo, e um nome que nos representa e muito lá fora e que ainda está vivo-, chamado: Menina.
    Bom...já passei ali na recepção e fiz a carteirinha 'smart'.
    bj, bom restinho de semana para o prelúdio do FDS.

    ResponderExcluir
  3. Bia,
    Acabaste de encontrar mais um leitor. O blog já está nos meus favoritos e enquanto leio os primeiros capítulos, aguardo os próximos...
    Um grande abraço.

    ResponderExcluir
  4. Olá Bia

    O delegado Paolo de Freitas, deveria saber que os dias de chefia estão com os dias contados... Liderança sim! Ela move as pessoas com respeito e eficiência!

    E obediência no casamento? Kkkkkk... O amor sim! Este impera e colori nossos dias.

    No mais excelente história! Promete o próximo capítulo.

    Obrigada por estar no Braille da alma.
    Sigo-te!

    Abraço

    ResponderExcluir
  5. Cara Bia
    Obrigado pela visita ao meu blog.
    Li seus primeiros capítulos e fiquei com aquela vontade de quero-mais.
    Nós, os leitores aguardamos o desenrolar da trama e seus mistérios.
    Abraços

    ResponderExcluir
  6. ...traigo
    sangre
    de
    la
    tarde
    herida
    en
    la
    mano
    y
    una
    vela
    de
    mi
    corazón
    para
    invitarte
    y
    darte
    este
    alma
    que
    viene
    para
    compartir
    contigo
    tu
    bello
    blog
    con
    un
    ramillete
    de
    oro
    y
    claveles
    dentro...


    desde mis
    HORAS ROTAS
    Y AULA DE PAZ


    TE SIGO TU BLOG




    CON saludos de la luna al
    reflejarse en el mar de la
    poesía...


    AFECTUOSAMENTE


    ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE BLADE RUUNER , CHOCOLATE, EL NAZARENO- LOVE STORY,- Y- CABALLO.

    José
    Ramón...

    ResponderExcluir

Obrigada pela leitura e pelo comentário.
Digam-me com sinceridade se estão gostando, ou não do romance. Críticas serão sempre muito bem vindas.

A todos dedico o meu carinho!
Bia Franco